Por Jorgina Manuela
Dedicada ao reforço da aviação e do turismo em África—sectores estratégicos para a integração continental e para o crescimento económico sustentável das nossas nações. O turismo e a aviação são sectores estratégicos, enquanto motores de geração de emprego, de captação de investimento, de promoção cultural e de inclusão social e são pilares indispensáveis para a materialização da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), a 2° conferência foi realizado de 22 á 24 de julho, no hotel intercontinental Luanda.
O Ministro da Coordenação Económica José de Lima Massano durante o seu discurso de abertura ressaltou “Se queremos um continente economicamente integrado, precisamos de infraestruturas que o sustentem. Precisamos de ligações aéreas regulares, seguras e acessíveis e de políticas coordenadas que favoreçam a circulação de pessoas, serviços e bens.”
No caso concreto de Angola, temos vindo a implementar uma agenda ambiciosa de diversificação económica, onde o turismo, os transportes tem um lugar chave, e é uma das nossas prioridades. Estamos a reabilitar e expandir a nossa infraestrutura aeroportuária, como é o caso do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, uma infraestrutura moderna, com capacidade para cerca de 15 milhões de passageiros por ano, concebida para posicionar Angola como hub regional, integrando o país nas grandes rotas do tráfego aéreo africano e internacional.
O Ministro do turismo Márcio Lopes Daniel na sua intervenção sublinhou a urgência nos cuidados do mercado de transporte, sem a existência das viagens em turismo de lazer, negócios ou eventos de outra índole, que é o pulmão que oxigena o mercado dos transportes aéreos pode vir a sucumbir. “Mas de 55% das chegadas internacionais de turistas são realizadas por via aérea, segundo dados da ONU Turismo e da ICAO, mais de 80% das receitas do turismo internacional do continente africano estão associados a turistas que chegam por via aérea.
“Nos dias de hoje esta realidade não é aceitável. Os jovens e as raparigas africanas, os empresários e as empresárias africanas não entendem porquê que nos outros continentes outros jovens e empresários circulam livremente de um país para o outro sem qualquer tipo de incómodo ou limitação, e o mesmo não sucede no nosso continente. Está nas nossas mãos assegurarmo-nos de que os constrangimentos que enfrentamos para participar neste evento não se verifiquem no dia-a-dia dos nossos cidadãos.”
“A burocracia no controlo migratório e os custos operacionais do mercado do transporte aéreo retiram agilidade competitiva aos nossos países e em certa medida desacelera a nossa chega a meta que todos pretendemos alcançar: transformar os países africanos em destinos turísticos sustentáveis e competitivos no contexto global.”
Por sua vez, o Ministro dos transportes Ricardo de Abreu, destacou a facilitação do intercâmbio turístico de Angola com a abertura de novas rotas com foco especial no espaço intra-africano, entre estas Nairobi, Abidjan, Libreville, e Lusaka facilitando assim o intercâmbio entre Angola e outros países.