A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies e parceiros do Bloco 20 (Petronas e Sonangol) marcaram o início oficial das atividades de fabricação em Angola para o primeiro desenvolvimento da Bacia do Kwanza em águas profundas, denominado Kaminho, com a cerimónia do “Primeiro Corte de Aço” no Estaleiro da Petromar, no município do Ambriz, província do Bengo.

A cerimônia foi presidida pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo e o Vice-Governador do Bengo para a Área Social, José Bartolomeu Pedro. As actividades do Projecto Kaminho na Petromar consistem na fabricação de mais de 5,5 mil toneladas de diversas estruturas metálicas para os pacotes FPSO e SURF, com uma estimativa de mais de 1,2 milhão de horas trabalhadas a serem asseguradas por 94% de mão-de-obra qualificada angolana. O projecto inclui o fabrico de doze âncoras verticais de sucção pesando 170 toneladas cada e com 24 metros de altura, um protector das linhas de fluxo para Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarregamento – FPSO, de 80 metros.


Para o Ministro, o evento simboliza uma viragem para a indústria petrolífera angolana. “Este é o primeiro desenvolvimento offshore da Bacia do Kwanza, uma área que, apesar dos desafios passados, agora tem um futuro promissor. É a prova de que as reformas fiscais, legais e a flexibilidade contratual que implementamos estão a funcionar. Temos estado a criar um ambiente de negócios cada cada vez mais atraente e seguro para o investimento privado, visando não só a reposição de reservas e a mitigação do declínio da produção, mas também a promoção de um forte conteúdo local”, salientou.Já o Administrador Executivo da ANPG, que falava em representação do PCA, Paulino Jerónimo, agradeceu o empenho dos parceiros e de forma particular, dos trabalhadores.“Este é um projecto histórico para a indústria petrolífera angolana. Beneficiará o País de uma forma geral e em particular serão desenvolvidos projectos sociais que contribuam na melhoria das condições de vida das populações.


O nosso apelo vai no sentido de que manter as medidas de segurança e seguir a meta de zero incidentes”, apelou o Administrador.
Martin Deffontaines, Director Geral da TotalEnergies Angola comentou: “Estamos muito satisfeitos com o início das actividades de fabricação do KAMINHO em Angola envolvendo a Petromar, um estaleiro histórico que opera no país há mais de 40 anos, com um bom histórico tanto de execução como de segurança”. Acrescentando, “ATotalEnergies orgulha-se em estar ao lado do país em cada etapa da sua jornada como parceiro energético e social. Empresas, profissionais e recursos angolanos desempenharão um papel significativo na fabricação e produção do Kaminho. Isso reflecte, neste ano de comemoração dos 50 anos de independência, o nosso compromisso de longa data com o conteúdo local e com o crescimento sustentável de Angola.” Com o objectivo de produzir 70.000 barris, a Decisão Final de Investimento de US$ 6 bilhões para o Kaminho foi tomada em maio de 2024. O projecto evitará a libertação para a atmosfera de cerca de 8 milhões de toneladas de CO2 ao longo de sua vida útil. O projecto demonstra um forte compromisso com a redução do impacto ambiental enquanto produz recursos energéticos importantes.

A TotalEnergies como operadora possui 40%, juntamente com as parceiras Petronas, com 40% e a Sonangol com 20%. Em Maio de 2024 doi anunciada a Decisão Final de Investimento (FID) do projeto Kaminho para desenvolver os campos de Cameia e Golfinho, localizados a 100 km da costa de Angola, a uma profundidade de 1.700 m.A Cerimónia foi ainda prestigiada com a presença de diversas entidades, entre as quais o Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, a Administradora Executiva da ANPG, Ana Miala, o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, representantes da PETRONAS Angola, Razwan Ahmad e Azri Hadi, bem como representantes do MIREMPET, ANPG, SONANGOL, TotalEnergies e distintos membros da sociedade local.
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