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CEO da Global Service Corporation, Edson Carlos Cachivela

Edson Carlos Cachivela, CEO da Global Service Corporation, diz que o evento de hoje foi para o lançamento de um produto novo, que são formações estratégicas customizadas, e de igual modo também o lançamento de um projeto que terão em julho, que é o fórum sobre o impacto do setor financeiro no conteúdo local. Dados avançados está terça-feira em Luanda. Durante o workshop sobre gestão estratégica das organizações.

Esta é uma abordagem que nós já tivemos no ano passado, numa na mesa redonda em que saiu muitos elementos pertinentes que os operadores do setor financeiro lá presentes acharam que fosse oportuno voltar novamente a debater.
Estas questões, ou as questões que foram lá colocadas, foram questões de extrema importância e que ajudaram as empresas presentes a desbloquearem problemas que tinham nas operações.

Edson Cachivela fez saber que este evento surgiu como uma fonte de relançamento deste projeto, porque são sempre espaços diferenciados e que constroem algum valor para as nossas organizações. E antes da estratégia, aqui falou-se sobre o panorama do mundo. Nós estamos num mundo cada vez mais incerto, nós estamos num mundo com cada vez mais convulsões. As convulsões sistêmicas ou geopolíticas acabam fazendo parte da nossa casa. Já não falei dos Estados, da nossa casa.
Ou seja, as confluências, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as convulsões do posicionamento do presidente Trump, acabam sempre tendo impacto nas tomadas de decisões dos grandes mercados.

E os grandes mercados é que interconrelacionam produção de serviços e produtos. Ou seja, algum impasse, algum percalço na cadeia de distribuição mundial, com certeza absoluta, afeta a todos os países e afeta na nossa cozinha. E o que nós cá estivemos a fazer é isso, é para olhar para o contexto mundial e ver como este contexto mundial de muitas incertezas no final do dia vai afetar a Angola, que é o nosso país, e vai afetar a nossa própria casa e as nossas organizações. Porque imagina, eu acho que vocês ouviram falar que o presidente Trump fala-se numa regra em que os importadores e exportadores para a América vão ter que pagar o imposto. Quando nós pagamos o imposto por exportar ou importar um imposto a mais ao Estado americano, significa que estamos encarecendo o produto depois de chegar na sua mesa.

Estamos a moldar aqui um posicionamento que deve ser estratégico das nossas organizações para que também não levem o produto de uma forma mais cara ou menos apetecível em relação ao cliente. Então, o contexto geopolítico, o contexto sistêmico do mundo sempre influencia as nossas organizações. E o que nós cá estivemos a fazer é um pequeno exercício de como essas convulsões podem afetar as nossas organizações e afetar as nossas próprias vidas. Devemos ficar atentos o máximo possível e os gestores, no caso nós também, é ver de forma milimétrica como essas várias decisões podem ser reduzidas por uma gestão mais eficaz e uma gestão mais cuidada.

Ex-Ministro Adjunto do Primeiro Ministro e dos Assuntos Parlamentares em Portugal, Miguel Relvas

Segundo Miguel Relvas, Ex-Ministro e Adjunto do Primeiro Ministro e dos Assuntos Parlamentares em Portugal, avançou que sempre tive como expectativa e atitude, na vida pública, que quem desempenha funções tem uma obrigação, tomar decisões acertadas para que aqueles que nós representamos e aqueles em que nós acreditamos, podemos criar condições para que possam viver melhor. Um país sem coesão e sem desenvolvimento social é sempre um país mais atrasado e é um país mais injusto.

E quem está na vida pública foi isso que me guiou e foi essa experiência que eu quis aqui deixar hoje em Luanda, setores mais jovens, dizer que é fundamental um critério e uma atitude de responsabilização de quem está na vida pública porque das nossas decisões saem consequências em que os cidadãos vão viver melhor ou pior.

Eu tudo fiz sempre para que das minhas consequências e das decisões, muitas vezes difíceis de tomar, se pudesse criar um Portugal mais justo, um Portugal mais equilibrado. Faço uma avaliação sempre positiva das empresas.

Realça ainda que, quem gera riqueza são as empresas, não é o Estado. Os Estados gastam e o que nós devemos exigir aos Estados é que gastem e gastem bem. Nós precisamos cada vez de menos Estado e melhores empresas, porque são as empresas com a sua capacidade de iniciativa, com a sua capacidade de inovação, acima de tudo com a capacidade de saber ler os acontecimentos por antecedência, que são fundamentais para que os países se possam fortalecer, os países possam criar condições de dar melhor valor ao seu cidadão.

As empresas angolanas têm o mercado interno ainda a preocupar, o mercado regional, e devem começar a ganhar capacidade, força, fortalecerem-se no mercado interno e no mercado regional para que daqui a uns anos possam ser internacionalizadas e possam ir para outros países, também no contexto da África, mas do mundo. Nós precisamos de boas e fortes empresas em Angola, porque são as empresas, como eu disse, que fazem um país forte, uma empresa forte é um contributo para um país forte.

E as empresas num país que tem os meios como Angola, que tem minérios, que tem petróleo, que tem umas terras fantásticas, Angola pode ser uma potência agrícola, Angola pode ajudar a dar de comer a toda esta região, para além do seu mercado interno.

Para isso precisamos de organização, precisamos de formação, precisamos de disciplina e precisamos de planeamento. São isso que são as bases para uma empresa poder ser competitiva, porque o mercado está cá, as pessoas existem, então vamos lhes dar condições para que sejam elas própria os mecanismos de desenvolvimento das empresas. Eu quero ver uma Angola forte, uma Angola em que saiba potenciar os jovens, e tem muitos, quando na Europa e nos Estados Unidos cada vez há mais velhos a viverem mais tempo e menos jovens, Angola é um país de jovem.

Texto: Jorgina Manuela
Foto: Afonso Francisco

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