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Egildo Ferraz Beu, empresário do sector dos transportes a mais de 20 anos, e CEO da Real Express, fala da sua trajetória na área dos transportes inter-provincial. Começado o seu percurso profissional na empresa Macon, como treile na área de manutenção, foi então se desenvolvendo e escalado em vários cargos técnicos e administrativos, até atingir o escalão máximo como director de desenvolvimento da Macon, isto 2003, onde a transportadora operava na altura apenas como transporte urbano.

Egildo Beu, destacou que enquanto diretor de desenvolvimento, teve vários desafios que levou ao surgimento da transportadora Macon, passar a operar nas províncias, “em 2017 as coisas ficaram apertadas e houve a necessidade de redesenhar-se o projeto, porque quando deu-se início o foco era os serviços urbanos dentro de Luanda, mas na medida em que o tempo foi passado as dificuldades foram aumentando, o negócio começou a tornar-se inviável do ponto de vista de rentabilidade, uma dependência dos subsídios, porque era subsidiados né sempre eram pagos, havendo uma degradação acelerada da frota em função dos maus estados das vias mesmo dentro de Luanda.”

Empresário do Sector dos Transportes, Egildo Ferraz Beu

“Então aquilo colocou-nos um desafio na equipa de questão e houve uma mudança da visão relativamente ao negócio, teve de repensar-se e fazer uma nova aposta da migração do serviço urbano para o inter-provincial, missão encarregada pela área de desenvolvimento da Macon, para expandir a empresa para o interior, e daí surge a transportadora a fazer viagens inter-provincias.”

O então actual PCA, da Real Express, ressalta a grande necessidade de análise das taxas aduaneiras pela vasta experiência no sector, realçado que, “devia se rever a questão da pauta aduaneiras e avaliar aquilo que são os encargos na hora de importar uma viatura. Porque eu não vou importar um autocarro para passeio pessoal, para isso eu importo uma viatura para meu uso pessoal, aí sim a história é diferente. “E isto ainda tem tornado-se um calcanhar de Aquiles, porque se eu quiser importar uma frota de 10 ou 15 autocarros, os encargos ainda são muito elevados o nosso país não fabrica esses meios, nós temos que trazê-lo de fora, então se eu estou a trazê-lo de fora para aliviar aquele que está a sofrer com o preço do bilhete elevado pela capacidade de oferta ser menor. Porque quanto menor for a oferta, mais alto supostamente é o preço. Então como é que a gente aumenta esta capacidade sem importar, temos que importar, e quanto maior for a oferta, eu acredito que deve haver proporcionalmente uma queda nos preços das tarifas.

“Logo ninguém consegue importar em grande quantidade quando ainda as taxas são elevadas. E isso é uma questão que precisa se rever, pós somos empresários que prestamos um serviço público, para nossa visão eu ainda acredito que deveria ser menor o valor da taxa aduaneira, de alguma forma do mesmo jeito que já vemos uma política mais leve para os insumos, os produtos agrícolas e outros, penso que no sector dos transportes também devia revisto de maneira a nós permitir a encorajar a fazer estas importações, e elevamos a nossa capacidade de oferta e os nossos concidadão terão mais capacidade de escolha, e mais empresários poderão entrar para este sector. Realçou

Ressaltando ainda o mau estado de conservação das vias, como a “roda Luanda a Benguela, a degradação das estradas tem atrasado muito o percurso das viagens causado assim constrangimento aos passageiros, ou o troço Catete a Maria Teresa, apresenta uma precariedade que duplica o tempo de viagem, portanto se uma viatura foi desenhado um tempo de viagem de 7 horas, se este carro chega ao destino no tempo certo. O mesmo pode realizar uma outra viagem em menos tempo, e assim rentabilizar a viatura. Ao passo que se ele duplica o tempo de viagem pelo mau estado das vias, não se consegue fazer as duas viagens naquele tempo que foi programado, logo essa viatura deixa de ter a rentabilidade que nos desejávamos, portanto é uma incidência grande no fim nos nossos números.”

E sem falar do aumento de consumo do combustível na viagem, e está situação vemo-lá com alguma preocupação. Porque quando há alteração das tarifas do combustível mexe com toda uma estrutura e não só no sector dos transportes. Mas também sabemos que são vias que estão a ser intervencionada por isso é que elas estão a ser desviadas, o que nós gostávamos de ver é uma coisa mais célere de maneira que este tempo não seja excessivamente longo. “E agora vamos entrar no período de férias escolar onde a demanda aumenta consideravelmente, é uma procura elevada, no entanto se os nossos meios ficam retidos nestas áreas citadas, nos não teremos condições perdemos, e por mais que tenhamos um número X de frotas, perdemos a capacidade de resposta pelo aquilo que é a procura que se está a desenhar. Então todas as empresas hoje sentem isso não somos uma exceção quanto a isso, eu atrevo-me a dizer que é uma preocupação no geral para todos que estão nesta área de negócio, e que gostávamos de ver a situação de alguma forma resolvida num mas curto tempo possível. Acredito que é um desafio também para os nossos governantes em ver a situação normalizada, por isso não podemos deixar de dizer o que realmente nos preocupa e gostaríamos de ver a situação melhor encaminhada.”

Neste sentido é preciso que deve-se rever 3 pontos aqui, “as melhorias das vias, a construção de redoviarias e uma actual revisão daquilo que são os encargos dos meios públicos. Afirmou

Texto: Jorgina Manuela

Foto: Afonso Francisco

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