“em 2021, o movimento ressurgiu e ressurgiu com muita força. Entretanto, as forças internacionais e o próprio governo congolês dizem que o Uganda e também a república do Ruanda, através do presidente Paul Kagame, estão a apoiar este movimento rebelde com armas e munições para a instabilidade do Leste” – acrescenta Albino Pakisi.

Angola preside à Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e tem multiplicado as iniciativas para pacificar a região.
Depois de receber de urgência o homólogo da República Democrática do Congo, Félix Tshisikedi, no início de junho, o presidente João Lourenço tenta sentar os vizinhos desavindos à mesma mesa.
Uma tarefa dificultada pelos interesses económicos em jogo, como explica o empresário da RDC, Jeremy Salvador Salabiaku.
“O Congo neste momento tem muitos movimentos que estão sempre fazendo guerra no nosso país. Exatamente na parte Leste do país porque essa parte tem muitos minerais importantes.”

As mudanças tecnológicas aceleraram a procura de coltan, minério essencial à fabricação de smartphones e computadores. O Kivu Norte, região congolesa que faz fronteira com o Ruanda e o Uganda, possui mais de 60 por cento das reservas mundiais.