O acórdão de entendimento entre o standard bank e o INAPEM com foco nas micro, pequenas e médias empresas foi assinado nesta terça-feira em Luanda.
O PCA do Standard Bank Luís Teles avançou que assinatura deste protocolo com o INAPEM o objetivo imediato do protocolo, não é dar crédito às empresas, é capacitar as empresas e os empresários. E vamos capacita-las em todas as áreas que elas vão necessitar para poder crescer. Vamos capacita-las em áreas administrativas, temas de marketing, temas jurídicos, temas de, por exemplo, literacia financeira, preparar business plans, enfim, vamos fazer um conjunto de ações de formação a essas empresas, para que essas empresas estejam melhor capacitadas para, assim que possam endividar-se, por exemplo, ou possam ir para o mercado, sejam sustentáveis e tenham um futuro garantido.

Luís Teles ressaltou ainda que este acórdão não traz aqui nenhum valor disponível em financiamento. Portanto, 650 mil milhões de kwanzas é a carteira de crédito que o banco tem atualmente. E é a carteira de crédito das micro, pequenas e médias empresas atualmente está em cerca de 140 mil milhões, duplicou do ano passado para este ano. Portanto, o ano passado em abril era cerca de 68 mil milhões, neste momento estamos com 140 mil milhões. E é a área que mais cresce neste momento no banco, das micro, pequenas e médias empresas, o Flexicredito, que são até 200 milhões de kwanzas. Um risco estivermos a trabalhar com as empresas erradas.
É o trabalho que nós fazemos, que é um trabalho de grande escrutínio e de grande seletividade, e por isso é que eu digo que nós temos bons empresários em Angola, temos boas empresas em Angola, temos empresários idóneos, profissionais, motivados, dedicados ao país, e são essas empresas que nós escolhermos. E eu dei o exemplo do Standard Bank ter zero DNPLS, zero decreto em cumprimento, porque para demonstrar que é possível, nós escolhermos bem as empresas, é possível termos um processo de análise de risco de crédito detalhado, técnico, profissional, escolhermos e acompanharmos as empresas depois de desembolsar o crédito, para que as empresas não só sejam capazes de reembolsar, mas que cresçam com esse crédito e o banco possa novamente dar um novo crédito e ajudá-las a continuar a crescer.

O diretor do INAPEM Bráulio Augusto realçou que está parceira enquadra-se nos instrumentos operacionais previstos pelo Inapem para o círculo 2025/2027 alinhados com iniciativas como agenda nacional de empreendedorismo, a regulamentação da rede nacional de incubadoras, e o programa internacionalização de empresas do novo modelo de financiamento assistindo a estas.
Bráulio Augusto acredita que abertura demonstrada pelo standard bank Angola, vem reforçar o esforço nacional de apoio ao sector produtivo. O compromisso que agora assumem por ambas as partes deverá traduzir em resultados mensuráveis com impacto direto no desenvolvimento empresarial e na qualidade dos projetos apoiados.
O INAPEM desta feita reafirma o compromisso e total disponibilidade de continuar a construir pontes entre os diferentes autores do ecossistema econômico promovendo soluções que sejam sustentável inclusivas e geradoras de valor.
Texto: Jorgina Manuela
Foto: Afonso Francisco