Por Jorgina Manuela
Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, afirmou esta terça-feira, 28, em Luanda, no seu discurso durante o acto de abertura da 3.ª Cimeira Sobre Financiamento de Infra-estruturas em África, que o desenvolvimento de infra-estruturas é um meio para criar empregos, promover o comércio intra-regional e intra-africano, fomentar a integração regional e continental.

“Precisamos de encontrar as melhores soluções de financiamento de infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias, aeroportuárias, energéticas e de telecomunicações, não apenas para servir cada país isoladamente, mas sobretudo para que essas infra-estruturas possam ser partilhadas no âmbito da integração regional e continental”, afirmou.

A cimeira, que decorre durante quatro dias em Luanda, visa facilitar o diálogo de alto nível entre governos, investidores e instituições multilaterais, bem como aprofundar a avaliação técnica de projectos prioritários nos sectores ferroviário, rodoviário, energético, hídrico, urbano e das tecnologias de informação e comunicação, no quadro da agenda africana de transformação digital.
João Lourenço destacou que Angola, às vésperas de celebrar o seu 50 anos de Independência, tem investido de forma contínua na modernização e expansão das suas infra-estruturas, incluindo o novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, a ampliação da rede rodoviária e portuária e a construção do porto de águas profundas do Caio, em Cabinda.
No domínio da energia, o Presidente destacou que o país “possui já capacidade para satisfazer as suas necessidades internas”, mas continua a investir na expansão da geração e distribuição, nomeadamente com a construção da barragem de Caculo Cabaça, que produzirá 2.172 MW, e outros projectos hidroeléctricos nas bacias dos rios Kwanza, Keve, Longa e Cunene.
Somadas, estas iniciativas poderão acrescentar mais de 8.000 MW à capacidade instalada, elevando a produção nacional para cerca de 14.800 MW nas próximas duas décadas.”
O líder destaca, o sucesso da Agenda 2063 da União Africana, dependendo em grande medida da capacidade de implementar o Programa para o Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA), que promove a integração, o desenvolvimento económico e a sustentabilidade.
” A Cimeira de Luanda, deve marcar mais um passo no caminho conjunto de formulação de políticas e de mobilização de meios para a materialização da Agenda da União Africana no domínio das infra-estruturas”, realçou.
João Lourenço, sublinhou a importância do Corredor do Lobito, para Angola, para a região da SADC e para a economia mundial, por encurtar o tempo do transporte marítimo entre a Ásia, África, Europa e a América e, consequentemente, baixar os custos dos bens e produtos de exportação.
Foto: Rogerio Mpaka

