Por Jorgina Manuela
Presidente da República, João Lourenço proferiu nesta quarta-feira, 15 de outubro, durante o seu discurso sobre o Estado da Nação na Assembleia Nacional, os ganhos assinalados ao longo dos 50 anos de independência nacional.
João Lourenço, realçou os avanços registados ao longo dois 50 anos nos mais variados sectores destacando aposta contínua na formação e valorização do capital humano. Sublinhou que no período de 2017/2024,
foram enquadrados 46.649 novos profissionais de saúde, sendo 3.828 médicos, 27.276
enfermeiros, 10.283 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 3.792 técnicos de apoio hospitalar estes números representam um aumento de 43,6% do total da força de trabalho do sector da saúde
1.470 técnicos do regime geral desde 2018.
” O serviço nacional de Saúde conta hoje com 3.355 unidades
sanitárias, contra as 320 existentes em 1975. Estão disponíveis 44.222 camas,1.609 das quais
para cuidados intensivos. Foi feita uma verdadeira revolução no que respeita aos cuidados médicos às pessoas com doença
renal, passando o país a contar com35 instalações dehemodiálise em 12 províncias, estando a
acompanhar 4.762 utentes e a realizar 601.152 sessões de hemodiálise por mês, Referiu”.
O Presidente, realçou que o sector que vai
continuar a merecer o total empenho do Executivo, por ser decisivo para o desenvolvimento do país é o da educação. “Para o ano letivo 2025/2026, estão matriculados mais de 9.600.000 alunos, estão disponíveis 126.204 salas de aulas e estão a prestar serviço 208.488 professores. Estes resultados são o fruto do trabalho abnegado de muitos filhos da nossa terra que, mesmo nos momentos mais difíceis, souberam pôr o interesse nacional em primeiro lugar e trabahar
afincadamente para a formação dos angolanos, compreendendo que da preparação do capital humano depende o desenvolvimento nacional, frisou João Lourenço”.
” Com a estabilização da economia e o aumento das receitas petrolíferas, entre 2023/2010, o orçamento geral do Estado expandiu-se canalizado recursos para a reconstrução nacional através do programa de investimento Público”.
O Chefe de Estado, considera que o rácio da dívida pública continua a registar uma redução expressiva, passando de 115,9% do PIB, em 2000, para 55,5% do PIB em 2024, abaixo do limite de 60% igualmente definido, fruto, entre outros, da estratégia prudente de gestão da dívida que o Executivo tem seguido, privilegiando a diversificação das fontes de financiamento, o alívio do serviço da dívida como resultado do alongamento dos prazos, a renegociação dos termos contratuais e o declínio fiscal.
“Em linha de estratégia de endividamento 2024/2025, perspectiva-se uma redução do peso do serviço da dívida de 63% para níveis de até 45% da despesa total.”
João Lourenço, salientou ainda que ” O contexto global actual, marcado por ameaças e por incertezas crescentes quanto a o futuro
imediato, recorda-nos a importância de sermos independentes em todos os domínios. A diversificação da nossa economia é uma necessidade incontornável, deste ponto de vista,
temos de continuar a assumir a agricultura como a base e a indústria como o factor decisivo para
o nosso progresso, ressaltou”.
” No âmbito do Projecto da Pesca Artesanal e da Agricultura em parceria como FIDA, estão em
curso medidas que vão beneficiar cerca de 31.000 agregados famiiares, totalizando cerca de
148.000 pessoas nas províncias do Bengo, Bié, Cuanza-Norte, Malanje e Uíge, com um relevante
impacto no rendimento das famílias e na segurança alimentar, referiu”, João Lourenço.
