Durante uma mesa-redonda com participação de entidades internacionais, o ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, alertou sobre as constantes perturbações enfrentadas pelos mercados globais desde 2022. Segundo o ministro, “esse cenário instável é resultado do aumento da produção alternativas sintéticas e particularmente os diamantes produzidos em laboratórios, tem vindo a ganhar terreno, especialmente em mercados consumidores chaves como a China Estados Unidos.”

Diamantino Azevedo destacou ainda o papel estratégico de África no sector energético, lembrando que “o continente é responsável por mais de 75% da produção mundial de diamantes brutos, de Angola ao Botswana, passado pela África-do-sul, Namíbia, RDC e Serra-Leõa, exportados diariamente, tornado o continente o coração pulsante da produção de diamantes.” Essa relevância reforça a necessidade de proteção e valorização da produção africana frente às inovações externas que vêm alterando a dinâmica do mercado global.

O encontro reforçou a importância de um diálogo internacional transparente e equilibrado, visando soluções que assegurem estabilidade e justiça para os produtores africanos no cenário diamantífero mundial. E restou do acordo de Luanda, assinalado assim um marco significativo, na estratégia de marketing dos países produtores e dos mercados globais.

Texto:Jorgina Manuela
Foto: Rogério Mpaka